Fragilidade

Ela suprimiu o grito e a ânsia. O medo escorria sob suas veias, era inacreditável que aquele homem que tantas vezes lhe deu carinho, lhe segurava com força a machucar,subjugando a vontade dela sobre a dele. Os olhos delas inundados de terror e lágrimas suplicavam pelo o fim daquilo, mas movimentos contínuos e gradativamente mais fortes laceravam sua alma ao nojo. Ele só cessou após satisfeito. E ela não podia crer no que lhe acabara de suceder.Não era dona de si e muito menos de seu corpo. Chorou copiosamente, se lavou incansavelmente,como se pudesse apagar o ocorrido, mas as marcas eram tão fundas que permaneciam ali intactas.

E mais uma noite passou muda , na permanência inalterada do universo

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