O eu impulsivo
As vezes triste
As vezes feliz
As vezes insana, outras coerente
Metade uma, dor
Outra anestesia
Verdade, cólera e angústia
Inteira liberdade
Inteira ventania
Mas sempre eu
Tem dias que a solidão me invade
E busco em ti, doce desconhecido,
O abrigo do meu tormento
Perdoa-me se não sei medir as palavras
Se enlouqueço feito tempestade
É que tua voz pulsa meu peito
Derrama lágrimas
Confunde sentimentos
É a força propulsora que liberta
O meu eu sozinha
Mas vai passar...
Logo adormecerá esse meu intempestivo
Serei então toda anestesia
E o teu canto não mais me atormentará
Tolera mais um pouco desse meu eu no teu
Que perigo eu não te ofereço
Minhas unhas arranham
Tão somente a mim
Deixa esse vendaval passar
E vai chegar assim bem de mansinho
um aconchego sereno e doce
Que faz esse meu coração repousar
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